sábado, 21 de março de 2009

Panfleto

Durante a primeira semana de aula na UESC o Movimento Resistência Universitária organizou uma panfletagem com o intúito de apresentar o mesmo aos calouros. A ação contou com, além dos panfletos, passagem nas salas de aulas e muita conversa. Segue uma cópia do panfleto pra aqueles que não tiveram acesso:

Resistência Universitária é um movimento de estudantes que almeja condições básicas para o estudo. Por isso reivindicamos Assistência Estudantil que garanta Residência, Restaurante (com gestão pública, três refeições diária, e alimentos de qualidade a preço popular) Posto médico e creche.

Ocupar e resistir para Assistência conseguir

Desde o dia 25 de setembro de 2008 ocupamos o prédio do Restaurante Universitário (R.U), que se encontrava abandonado há meses. A decisão de ocupar o prédio foi tomada diante da situação que estavam submetidos muitos estudantes: fome; alimentação precária; falta de moradia e de condição de pagar o transporte; inexistência de posto médico e creche no Campus.

Para além da função social... um verdadeiro espaço de interação

Se por um lado a ocupação do R.U pôs a nu a precária condição de vida dos estudantes, por outro mostrou a nossa capacidade para assegurar a função social do prédio, organizando um espaço próprio, sem preconceito e com bastante autonomia. Durante os meses da ocupação garantimos desde as refeições diárias a apresentação cultural de artistas da região e da UESC. Também organizamos oficinas com a comunidade do Salobrinho e aulas públicas para discutir as nossas reivindicações, a universidade pública e outros assuntos de interesse da comunidade acadêmica.

Mostra-me a tua prática e eu direi quem tu és

O discurso da reitoria de que “todos os canais de diálogo estão aberto” caiu por terra na iminência da ocupação. Se cortar o fornecimento de energia do R.U foi uma atitude arbitrária o que se dirá da liminar de reintegração de posse movida contra os estudantes? É óbvio! Uma verdadeira demonstração de que ainda se busca os métodos policialescos da Ditadura Militar para atacar nosso direito de reivindicação de melhoria nas condições de estudo. Tratando-nos como um verdadeiro caso de polícia.
Nós, ao contrário da reitoria, sempre procuramos os canais de diálogo. Só utilizamos da força para responder a truculência da administração e exigir que esta nos recebesse. Aliás, graças a essa força é que conseguimos manter o fornecimento de energia para o R.U e fixar o acordo para a retirada da Liminar, acordo que no final das contas não foi cumprido, assim como, a aplicação de questionário sócio-econômico no ato da matrícula e uma audiência solicitada pela universidade com o Governador Jaques Wagner para debater os pontos de nossa pauta, haja vista que, segundo Vossa Magnificência Joaquim Bastos, “a creche, o posto de saúde e a gestão pública do restaurante universitário para serem implementados dependem do Governo do Estado”.

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