terça-feira, 7 de outubro de 2008

Participe da luta!

Hoje faz 12 dias que o Movimento Estudantil da UESC ocupa e resiste no Restaurante Universitário (que não funcionava a mais de 3 meses) e faz dele a nova Resistência e Residência universitária para pressionar A administração da universidade em busca de soluções para os problemas da assistência estudantil em nossa universidade.
Neste tempo decorrido, já enviamos uma proposta para a Reitoria informando os nossos pontos de pauta: restaurante universitário a preço popular sob gestão pública, residência universitária, posto de saúde e creche.
A proposta apresentada pela reitoria não foi satisfatória por não cumprir as demandas urgentes dos alunos de nossa universidade pois não apresentou soluções plausíveis o problema.
Hoje foi enviada uma nova carta ao Reitor reafirmando a pauta e a necessidade de soluções imediatas e à secretária responsável pela assistencia estudantil, A Sª Márcia Rosely, foi acionada para tentar esclarecer as possíveis dúvidas a respeito da atuação da secretaria desde de sua implantação.
Neste período de negociações é importante que todo estudante esteja presente, participando da construção de uma universidade verdadeiramente pública e que cumpra com sua função social.
A Comissão de Organização do movimento estudantil está realizando GD's (Grupo de Discussão) para a comunidade acadêmica sobre os pontos de pauta e soluções para a nossa permanecia na universidade.

Fiquem de olho nas programações do RU e participe da nossa luta!

6 comentários:

Leveza de ser. disse...

Calma e força.

Unknown disse...

Sou da UESB e participei do último movimento de resistência da ocupação, que já existia a quatro anos e acabou com a construção de um dos prédios da residência universitária e com um reunião decisiva, na qual o reitor prontificou-se a acatar à pauta que incluia a construção dos outros prédios da residência, a retirada dos processos contra alguns estudantes ocupados e outras reivindicações, que não sabemos nós se serão realmente acatadas. Enfim, a minha idéia, e eu não sei se vocês já pensaram nisso, é entrar em contato com entidades e movimentos sociais, como: MST, sindicatos, OAB,etc este apoios, creio eu, são muito importantes para que o movimento seja VISTO. No mais resistência e gente aglomerada é a força do movimento.
Atenciosamente
Daniela Pires

Sot Nasanat Nas disse...

bSou Marcus Santana, estou no segundo semestre de Direito, na UESC. Recentemente me vi envolvido na luta pela manutenção do espaço e da continuidade das atividades que hoje tomam lugar no Núcleo de Artes da Universidade (NAU), pertencente ao DLA, localizado no Pavilhão de Medicina (Pedro Calmon)

Com esforço foi conseguido que a situação do Nau permaneça como tem estado até agora, sem reduções, até o início da ano que vem. Apesar disso, é bem sabido que é inevitável haver no Nau um redimensionamento e que algumas das atividades que lá ocorrem hoje devem ser relocadas e mesmo revistas. E nem por isso a luta deve parar, a fim de que algo importante e essencial, embora não útil, por não deixar produto ao fim do processo, como a Arte, tenha o seu devido valor reconhecido no contexto do aprimoramento dos indivíduos em si, da maior interatividade e sociabilidade entre os mesmos, e da busca pelo Belo, tão importante quanto buscar a Verdade por meio da Ciência, ou o Bem por meio da Moral, ou o Útil por meio da Técnica, como algo necessário à condição de ser humano.

De todo modo, a experiência com esse movimento no NAU e a teoria advinda desse bacharelado que felizmente curso têm aberto, rápido e grandemente, meu entendimento sobre o modo como a política acontece no micro-cosmo de nossa Universidade, inserida no Macro-Cosmo do Estado. E ouso dizer que, a princípio, entre estudantes e administração central, não há política.

Política supõe um mínimo de igualdade para falar e ser ouvido. Não existe política entre os desiguais. Para que se levem em consideração mutuamente na mesma medida e possam resolver algum interesse comum sem que o ponto de vista de um já comece em clara superioridade em relação ao do outro, é preciso poder equivalente para cada um. O que não ocorre, a princípio, entre estudantes, força desorganizada e atomizada, e a reitoria, poder central forte, massiço e organizado, cuja vontade poderosa institui as normas reconhecidas por todos como legítimas para todo o micro-cosmo da Universidade. Os estudantes estão, em um primeiro momento, em clara desvantagem. A única política que ocorreria nessas condições seria a da repressão.

Mas quando os estudantes se organizam e promovem um movimento coeso, firme, significativo e propositado, aí sim pode ocorrer alguma política, nos mesmos termos, entre as potências, mais balanceadas, dos estudantes do Campus e dos administradores da Torre. Em caso de impasse, as potências conflitantes deste micro-cosmo podem apelar para o arbítrio de algum poder maior do macro-cosmo que abarca nossa Universidade. E nesse sentido, se a causa que impele o movimento estudantil tem seu proposito definido e reconhecido como lícito, justo e necessário, como quase sempre o é, certamente a vantagem estará com os estudantes. Mas se esses não percebem que a maior luta até conseguirem realizar seu objetivo não ocorre contra a reitoria, mas contra a própria tendência à fragmentação, desvirtuamento, inexpressividade e esquecimento do movimento em si, neste caso a vantagem é perdida e se põe contra os estudantes, que então serão empurrados até aquele estado, a-político, de desorganização e impotência contra as decisões do poder que rege o sistema, por mais arbitrárias ou injustas que essas possam nos parecer e, mesmo, o sejam.

Em vista dessas considerações, e particularizando para a situação da Resistência no RU, cuja causa eu também apoio, por mais negativamente implicado que eu supostamente possa ficar com isso, venho dizer o seguinte: o movimento tem organização, tem propósito, tem coesão e firmeza, tem expressão, mas todas essas vantagens o movimento possui de modo limitado. Não bastam abaixo-assassinados como o que assinei esta manhã e como os que eu corria para fazer serem assinados em prol do NAU há menos de um mês. Esses são importantes, é claro, mas não suprem a ausência do que realmente vale para o sistema: documentos legitimadores; projetos que mostrem as propostas do movimento por escrito, de modo claro, definido, fundamentado, de preferência com protocolos da circulação dos mesmos pelas vias validadas pelo sistema e voltadas ao acolhimento de críticas e requerimentos por parte do corpo dicente; esse tipo de prova mais palpável. Com elementos assim para darem um testemunho favorável no processo, da boa fé e legitimidade do movimento, e ao mesmo tempo, em não acolhendo-os, do modo arbitrário e de má-fé como a reitoria parece agir nessas questões, contra os estudantes, certamente não haveria quem parasse a luta da Resistência... Mas, infelizmente, não há documentos desse tipo de antes da ocupação, o que limita o reconhecimento da legitimidade e boa-fé do movimento, e, por conseguinte, dificulta a realização de suas conquistas. Além do mais, a reitoria já apelou para um poder maior, já ingressou, contra todo diálogo e boa-fé, em juízo pela reintegração de posse, o que, ameaça ainda mais o alcance das ações da Resistência. Não pela possibilidade de intervenção judicial e policial nessa questão em si, mas pelo temor dessa ação.

A maior força do poder central de um sistema não é o de reprimir diretamente sua oposição, mas o de minar, dessa, a coesão interna, a credibilidade e a vontade em constitir-se como força opositora, até o ponto de, mesmo sem repressão direta, qualquer um que pudesse agir como oposição desistir de sê-lo e passar a concordar e agir com os esquemas de ação ditados e de interesse pelo poder central que rege esse sistema. Se o movimento de Resistência no RU, apesar das linhas de ação da reitoria, desleais mas legítimas frente aos sistemas micro e macro em que se insere, não for capaz de continuar coeso em seus integrantes, firme em seu propósito, e atrair a simpatia de possíveis novos membros ou defensores, será esvaziado de toda expressão e significado, e depois acabará enfraquecido e fragmentado, incapaz de prosseguir.

Mas se, mesmo desalojado por alguma ação legitimada pelo sistema, a Resistência não perder o que a qualifica desde o início para bater de frente com as deliberações da reitoria e lutar pelo interesse comum dos estudantes e da comunidade que se serve da UESC, neste caso sim, as conquistas virão. E eu creio que, com comprometimento, seriedade e firmeza de nossa parte para continuar nesse jogo de diálogo e poder com a administração central, o que só pode ocorrer se o movimento for uma potência do top da reitoria para lutar por seus interesses, essas conquistas não tardarão a vir.


Por isso, desejo muita Força para Resistência!

Afinal, a causa da Resistência é a minha, é a nossa!

Abração.

Marcus Santana "Zero um", Uesc, Direito Matutino, 2° Semestre.

Gaius Julius disse...

Aloha

é Schimidel
faltei ontem mas toh indo praí hoje fim de tarde
estou procurando estatudos de outros R.U. pra ter uma base mas tá um tanto difícil garimpar
sugiro que façam o mesmo por ai pra batermos as idéias

abração a todos!

Carlão de Oliveira disse...

Parabéns aos que sabem lutar e defender os interesses coletivos. Estou orgulhoso de ver idéias e ideais de construção de uma sociedade melhor não morreram. Boa luta e calma na tomada de decisões nesta etapa em que a luta se encontra.

Carlos Alberto Carlão de Oliveira - jornalista - ex-presidente da UEE-SP (1981-1982)

Mari disse...

é isso ae UESC!!!força pessoas!!
a UENF manda energia positiva p vocês!!\o/
abraço