Hoje faz 12 dias que o Movimento Estudantil da UESC ocupa e resiste no Restaurante Universitário (que não funcionava a mais de 3 meses) e faz dele a nova Resistência e Residência universitária para pressionar A administração da universidade em busca de soluções para os problemas da assistência estudantil em nossa universidade.
Neste tempo decorrido, já enviamos uma proposta para a Reitoria informando os nossos pontos de pauta: restaurante universitário a preço popular sob gestão pública, residência universitária, posto de saúde e creche.
A proposta apresentada pela reitoria não foi satisfatória por não cumprir as demandas urgentes dos alunos de nossa universidade pois não apresentou soluções plausíveis o problema.
Hoje foi enviada uma nova carta ao Reitor reafirmando a pauta e a necessidade de soluções imediatas e à secretária responsável pela assistencia estudantil, A Sª Márcia Rosely, foi acionada para tentar esclarecer as possíveis dúvidas a respeito da atuação da secretaria desde de sua implantação.
Neste período de negociações é importante que todo estudante esteja presente, participando da construção de uma universidade verdadeiramente pública e que cumpra com sua função social.
A Comissão de Organização do movimento estudantil está realizando GD's (Grupo de Discussão) para a comunidade acadêmica sobre os pontos de pauta e soluções para a nossa permanecia na universidade.
Fiquem de olho nas programações do RU e participe da nossa luta!
RÁDIO TRIBO JOVEM
Há 15 anos
6 comentários:
Calma e força.
Sou da UESB e participei do último movimento de resistência da ocupação, que já existia a quatro anos e acabou com a construção de um dos prédios da residência universitária e com um reunião decisiva, na qual o reitor prontificou-se a acatar à pauta que incluia a construção dos outros prédios da residência, a retirada dos processos contra alguns estudantes ocupados e outras reivindicações, que não sabemos nós se serão realmente acatadas. Enfim, a minha idéia, e eu não sei se vocês já pensaram nisso, é entrar em contato com entidades e movimentos sociais, como: MST, sindicatos, OAB,etc este apoios, creio eu, são muito importantes para que o movimento seja VISTO. No mais resistência e gente aglomerada é a força do movimento.
Atenciosamente
Daniela Pires
bSou Marcus Santana, estou no segundo semestre de Direito, na UESC. Recentemente me vi envolvido na luta pela manutenção do espaço e da continuidade das atividades que hoje tomam lugar no Núcleo de Artes da Universidade (NAU), pertencente ao DLA, localizado no Pavilhão de Medicina (Pedro Calmon)
Com esforço foi conseguido que a situação do Nau permaneça como tem estado até agora, sem reduções, até o início da ano que vem. Apesar disso, é bem sabido que é inevitável haver no Nau um redimensionamento e que algumas das atividades que lá ocorrem hoje devem ser relocadas e mesmo revistas. E nem por isso a luta deve parar, a fim de que algo importante e essencial, embora não útil, por não deixar produto ao fim do processo, como a Arte, tenha o seu devido valor reconhecido no contexto do aprimoramento dos indivíduos em si, da maior interatividade e sociabilidade entre os mesmos, e da busca pelo Belo, tão importante quanto buscar a Verdade por meio da Ciência, ou o Bem por meio da Moral, ou o Útil por meio da Técnica, como algo necessário à condição de ser humano.
De todo modo, a experiência com esse movimento no NAU e a teoria advinda desse bacharelado que felizmente curso têm aberto, rápido e grandemente, meu entendimento sobre o modo como a política acontece no micro-cosmo de nossa Universidade, inserida no Macro-Cosmo do Estado. E ouso dizer que, a princípio, entre estudantes e administração central, não há política.
Política supõe um mínimo de igualdade para falar e ser ouvido. Não existe política entre os desiguais. Para que se levem em consideração mutuamente na mesma medida e possam resolver algum interesse comum sem que o ponto de vista de um já comece em clara superioridade em relação ao do outro, é preciso poder equivalente para cada um. O que não ocorre, a princípio, entre estudantes, força desorganizada e atomizada, e a reitoria, poder central forte, massiço e organizado, cuja vontade poderosa institui as normas reconhecidas por todos como legítimas para todo o micro-cosmo da Universidade. Os estudantes estão, em um primeiro momento, em clara desvantagem. A única política que ocorreria nessas condições seria a da repressão.
Mas quando os estudantes se organizam e promovem um movimento coeso, firme, significativo e propositado, aí sim pode ocorrer alguma política, nos mesmos termos, entre as potências, mais balanceadas, dos estudantes do Campus e dos administradores da Torre. Em caso de impasse, as potências conflitantes deste micro-cosmo podem apelar para o arbítrio de algum poder maior do macro-cosmo que abarca nossa Universidade. E nesse sentido, se a causa que impele o movimento estudantil tem seu proposito definido e reconhecido como lícito, justo e necessário, como quase sempre o é, certamente a vantagem estará com os estudantes. Mas se esses não percebem que a maior luta até conseguirem realizar seu objetivo não ocorre contra a reitoria, mas contra a própria tendência à fragmentação, desvirtuamento, inexpressividade e esquecimento do movimento em si, neste caso a vantagem é perdida e se põe contra os estudantes, que então serão empurrados até aquele estado, a-político, de desorganização e impotência contra as decisões do poder que rege o sistema, por mais arbitrárias ou injustas que essas possam nos parecer e, mesmo, o sejam.
Em vista dessas considerações, e particularizando para a situação da Resistência no RU, cuja causa eu também apoio, por mais negativamente implicado que eu supostamente possa ficar com isso, venho dizer o seguinte: o movimento tem organização, tem propósito, tem coesão e firmeza, tem expressão, mas todas essas vantagens o movimento possui de modo limitado. Não bastam abaixo-assassinados como o que assinei esta manhã e como os que eu corria para fazer serem assinados em prol do NAU há menos de um mês. Esses são importantes, é claro, mas não suprem a ausência do que realmente vale para o sistema: documentos legitimadores; projetos que mostrem as propostas do movimento por escrito, de modo claro, definido, fundamentado, de preferência com protocolos da circulação dos mesmos pelas vias validadas pelo sistema e voltadas ao acolhimento de críticas e requerimentos por parte do corpo dicente; esse tipo de prova mais palpável. Com elementos assim para darem um testemunho favorável no processo, da boa fé e legitimidade do movimento, e ao mesmo tempo, em não acolhendo-os, do modo arbitrário e de má-fé como a reitoria parece agir nessas questões, contra os estudantes, certamente não haveria quem parasse a luta da Resistência... Mas, infelizmente, não há documentos desse tipo de antes da ocupação, o que limita o reconhecimento da legitimidade e boa-fé do movimento, e, por conseguinte, dificulta a realização de suas conquistas. Além do mais, a reitoria já apelou para um poder maior, já ingressou, contra todo diálogo e boa-fé, em juízo pela reintegração de posse, o que, ameaça ainda mais o alcance das ações da Resistência. Não pela possibilidade de intervenção judicial e policial nessa questão em si, mas pelo temor dessa ação.
A maior força do poder central de um sistema não é o de reprimir diretamente sua oposição, mas o de minar, dessa, a coesão interna, a credibilidade e a vontade em constitir-se como força opositora, até o ponto de, mesmo sem repressão direta, qualquer um que pudesse agir como oposição desistir de sê-lo e passar a concordar e agir com os esquemas de ação ditados e de interesse pelo poder central que rege esse sistema. Se o movimento de Resistência no RU, apesar das linhas de ação da reitoria, desleais mas legítimas frente aos sistemas micro e macro em que se insere, não for capaz de continuar coeso em seus integrantes, firme em seu propósito, e atrair a simpatia de possíveis novos membros ou defensores, será esvaziado de toda expressão e significado, e depois acabará enfraquecido e fragmentado, incapaz de prosseguir.
Mas se, mesmo desalojado por alguma ação legitimada pelo sistema, a Resistência não perder o que a qualifica desde o início para bater de frente com as deliberações da reitoria e lutar pelo interesse comum dos estudantes e da comunidade que se serve da UESC, neste caso sim, as conquistas virão. E eu creio que, com comprometimento, seriedade e firmeza de nossa parte para continuar nesse jogo de diálogo e poder com a administração central, o que só pode ocorrer se o movimento for uma potência do top da reitoria para lutar por seus interesses, essas conquistas não tardarão a vir.
Por isso, desejo muita Força para Resistência!
Afinal, a causa da Resistência é a minha, é a nossa!
Abração.
Marcus Santana "Zero um", Uesc, Direito Matutino, 2° Semestre.
Aloha
é Schimidel
faltei ontem mas toh indo praí hoje fim de tarde
estou procurando estatudos de outros R.U. pra ter uma base mas tá um tanto difícil garimpar
sugiro que façam o mesmo por ai pra batermos as idéias
abração a todos!
Parabéns aos que sabem lutar e defender os interesses coletivos. Estou orgulhoso de ver idéias e ideais de construção de uma sociedade melhor não morreram. Boa luta e calma na tomada de decisões nesta etapa em que a luta se encontra.
Carlos Alberto Carlão de Oliveira - jornalista - ex-presidente da UEE-SP (1981-1982)
é isso ae UESC!!!força pessoas!!
a UENF manda energia positiva p vocês!!\o/
abraço
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